Homenagem a um grande artista são-joanense
O artista são-joanense a quem prestamos homenagem chamava-se Evônio Torres , era filho de Carlos Reis Torres e Maria Luiza Baylet Torres, tendo nascido em São João Nepomuceno em 29 de abril de 1915.
Casou-se com Maria dos Anjos Torres de Castro, que era professora de Português, e dessa união nasceram quatro filhos: Ivete Antonieta Torres, Marcílio Dias Torres (falecido em 22 de janeiro de 2005), Ivonete Torres e Carlos Lincoln Torres.
Ainda criança, Evônio, aos seis anos de idade, junto com a família, mudou-se para Santo Antônio do Aventureiro, na Zona da Mata mineira, onde viveu até completar a idade adulta. Aos 18 anos matriculou-se na Faculdade de Odontologia de Ubá, formando-se na profissão de Cirurgião Dentista, mas sempre se dedicando às artes plásticas (desenhos e pinturas).
Depois de formado retornou para Santo Antônio do Aventureiro, onde passou a residir com sua esposa e prima, Maria dos Anjos, dedicando-se à profissão de dentista, até por volta de 1951, sendo que sua esposa dava aulas no Grupo Escolar Miranda Manso, também em Aventureiro. Nessa época o casal morou por pouco tempo em um pequeno distrito de Santo Antônio do Aventureiro, conhecido pelo nome de Alto da Conceição. Moraram também por um curto período em Juiz de Fora.
No ano de 1951 Evônio e esposa mudaram-se para uma pequena cidade do leste mineiro, cujo nome é Conselheiro Pena, permanecendo por lá durante 10 anos. Em 1961 o artista mudou-se com a família para Além Paraíba e, já em 1963 retornava para Juiz de Fora, onde residiu até o seu falecimento, em 02 de julho de 1970.
Sua obra
Por volta de 1950 Evônio Torres abandonou a profissão de Cirurgião Dentista para dedicar-se exclusivamente às artes plásticas, quando ainda residia em Conselheiro Pena, no leste de Minas, conhecido como Vale do Rio Doce. Criou inúmeras obras entre retratos de pessoas, paisagens, quadros retratando sítios e fazendas, quadros de propaganda e alguns outros que ficaram conhecidos, como o trabalho intitulado “Cristo na guerra”, que se encontra exposto no salão de reuniões da Organização das Nações Unidas – ONU, em Nova Iorque. Há muitos trabalhos dele em países como França, Inglaterra, Alemanha, Portugal, e outros mais. Evônio é autor de um quadro que se encontra exposto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Outro quadro desse genial artista que ficou conhecido na época foi o do time do Flamengo ao se sagrar campeão brasileiro, em 1958, e se encontra até os dias de hoje na sede do Clube Regatas Flamengo, no Rio de Janeiro.
Um fato muito interessante é que Evônio Torres, sendo são-joanense “da gema”, preparou carros alegóricos e decorações de salão do Novo Clube Trombeiros de Momo enquanto viveu, sem cobrar um único centavo, só por amor à sua cidade natal e ao clube carnavalesco do seu coração.
Cem anos de nascimento do artista
Evônio Torres, falecido em 02/07/1970, no dia 29 de abril de 2015, completou seu centenário de nascimento (29.04.1915/29.04.2015) e o sobrinho Luiz Carlos Torres Martins escreveu em sua homenagem:
“Artista nato, dedicou toda a sua vida à arte da pintura. Mesmo formado em Odontologia exerceu a profissão por pouco tempo. Porém sua contribuição à Odontologia não deixou de existir. Dr. Evônio foi assistente do grande e inesquecível mestre da Odontologia brasileira, Dr. Coelho e Souza e nessa função, usando seus dons artísticos, aliados aos conhecimentos científicos adquiridos no curso de graduação em Odontologia, ilustrou várias obras do escritor e professor. Seus trabalhos de ilustração se destacaram nos 4 volumes do Manual Odontológico, composto por tratados sobre Anatomia, Patologia, Coroas, Pontes e Dentaduras. Seus perfeitos desenhos ilustrativos de peças anatômicas, aparelhos e confecções de peças odontológicas, aliados aos escritos do mestre Coelho e Souza, facilitavam a compreensão de estudantes e profissionais de todo o Brasil”.
O artista são-joanense Evônio Torres era primo da escritora, teatróloga, professora e ex-diretora do então Grupo Escolar Coronel José Braz, Maria da Glória de Lima Torres (Dona Glorinha Torres),do Desembargador.José Maria de Lima Torres e da professora Maria do Rosário de Lima Veiga, todos de saudosa memória.
Bom dia amigo Nilson. Conheci pessoalmente o Sr. Evônio . Ele pintou 2 quadros para meu tio Gleno : pintou um quadro da mãe e do pai do tio Gleno que era irmão da minha mãe Iná . Esses quadros estão na casa onde tio Gleno morava , na Av. 7 de setembro , em J. Fora . Infelizmente ( mas ao mesmo tempo graças a Deus ) não tenho o menor contato com a ORDINÁRIA da filha dele que até alguns anos atrás eu considerava como PRIMA . Para mim ela não passa de uma ordinária, vagabunda que FEZ COM QUE SUA MÃE CAMINHASSE PARA A MORTE.
Bom domingo. Grande abraço.