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“Pitadas” do livro de revelações sobre nossa história (parte I )

Trazemos aqui  breve comentário acerca do conteúdo da obra de Marcus Vinícius Dadalti Barroso (foto na capa da matéria), intitulada “Subsídios à história de São João Nepomuceno – da Colônia ao Império / Até 1851″, cujo lançamento já anunciamos para este mês de agosto, em data e local a serem definidos.

Eis o resumo:

Trecho do prefácio do livro, onde o autor fala sobre sua obra:

” Quando, há alguns anos, meu amigo Gabriel Fajardo Barbosa, sabedor de que me encontrava dedicando a leituras relacionadas à história de São João Nepomuceno, perquiriu-me acerca dos motivos que levaram o município à perda de sua autonomia em 1851, depois de aproximadamente dez anos de emancipação, respondi-lhe, sem muita convicção, que os diversos autores que abordaram o tema eram unânimes em atribuir o fato à interferência de atores políticos estabelecidos em municípios vizinhos, em especial Custódio Ferreira Leite, representante do Cágado, hoje Mar de Espanha.

No íntimo, no entanto, acreditava que algo de obscuro e misterioso havia nesse relato.

Descrente de que acharia as respostas exigidas, resolvi mesmo assim investigar o assunto.

Depois de alguns dias, compenetrado no emaranhado de exaustivas pesquisas, surpreso, dei-me conta de que havia encontrado os primeiros indícios desses acontecimentos no sítio virtual da hemeroteca da Biblioteca Nacional. Isso me incentivou a prosseguir, e quanto mais adentrava nos registros do passado, tanto mais para mim se descortinava um novo universo de informações, revelado numa história intrigante e envolvente, digna de uma peça teatral de Dias Gomes ou de um romance de García Márquez”.

Capítulo 1 – Antecedentes históricos

Apresenta um breve resumo da chegada do explorador português às terras de Minas Gerais.

Em breves pinceladas o autor trata das proibições à exploração de grande parte das terras da Zona da Mata mineira com o estabelecimento dos “Sertões Proibidos do Leste” (para se evitar o contrabando do ouro e demais riquezas da capitania).

Capítulo 2 – as origens da povoação de São João Nepomuceno :

Relato inédito da história da nova capela da cidade de 1815, revelando a farsa da “história do encontro dos três cavaleiros”, bem como trazendo fortes elementos indiciários de uma disputa quanto à localização desse templo entre o guarda-mor Furtado e a família Henriquesconsiderações originais sobre o surgimento do núcleo urbano de SJN, que colocam em discussão a tese de que a cidade teria se espraiado para a baixada somente após a ocupação do morro da Matriz; descrição das primeiras estradas de São João Nepomuceno.

Capítulo 3 – Antecedentes à primeira emancipação de SJN

Conta a história de SJN no período que antecedeu à primeira emancipação. A subordinação política e eclesiástica do povoado, a criação do distrito de paz são-joanense, os levantamentos populacionais de 1834 e 1840 com os nomes dos principais fazendeiros, a estrutura rural apoiada na exploração da mão-de-obra escrava, etc.

Apresenta, ainda, as referências de Langsdórff à exploração do ouro em Descoberto (diário), e ao histórico da formação judiciária que antecedeu à instituição da comarca de SJN.

Capítulo 4 – A primeira emancipação de SJN

Apresenta os bastidores dos atos que levaram à primeira emancipação do povoado de SJN (vila), suas primeiras eleições, e o movimento liberal de 1842.

Capítulo 5 – São João Nepomuceno no período de 1841 a 1851

Descreve a área de abrangência municipal no período da primeira emancipação; o conflito causado pela fixação dos limites do município são-joanense com a província do RJ;  identifica os primeiros padres que atuaram no município; fala sobre antiga igreja da matriz (duas torres) a exata localização dos prédios da cadeia e câmara municipal, sobre o cemitério e o costume dos enterros na igreja, os estabelecimentos comerciais da cidade e as casas de Maria Boca Negra e de Sinhazinha dos Babados; etc.

Sobre os costumes aborda a preocupação com o sossego e a moral pública; a proibição já naquele tempo com o costume de se vender/fumar “pango” (maconha); as práticas relacionadas ao prazer e ao lazer; o estranho mandamento  do código de posturas quanto aos partos secretos; os mandamento relacionados à saúde, incluindo o inacreditável relato do médico que acreditava que o chumbo no corpo das pessoas curava e prevenia a raiva; etc.

Descreve, ainda, a constituição da Irmandade do Santíssimo Sacramento; da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, com considerações inéditas acerca da construção da antiga igreja do Rosário; as regras eleitorais então vigentes e os problemas ocorridos nas eleições de 1844 e 1849 entre liberais e conservadores do município.

Observação: antes do evento em que a obra será lançada voltaremos ao assunto. Até lá.

 

 

 

 

 

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