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A realidade do Lar Ambrosina de Matos nos dias atuais

Por Nilson Magno Baptista

Uma das mais antigas instituições de apoio a idosos de nossa região, o Lar Ambrosina de Matos, mantido pela Associação Beneficente Santo Antônio de Pádua, fundada no ano de  1941 , e inicialmente dedicada ao apoio às crianças abandonadas e aos mendigos que perambulavam pelas ruas da cidade, passou posteriormente a abrigar idosos carentes, dando-lhes alimento, conforto e carinho.

Com o passar dos anos a instituição foi aumentando em tamanho, responsabilidades e, principalmente, despesas. Hoje, por exemplo, o Lar hospeda cerca de 70 (setenta) idosos, dos 60 aos 9O e tantos anos, muitos deles acometidos por enfermidades próprias da idade avançada, dificuldade de locomoção, enfim, de variados tipos de problemas ligados ao envelhecimento. A casa fornece aos seus assistidos, alimentação, cuidados médicos e fisioterápicos, entre outros. Suas instalações são modestas, porém amplas e bem cuidadas. O corpo de funcionários inclui, médico, enfermeira, assistente social, assistente administrativo, cuidadores(as), técnicos(as) de enfermagem, cozinheiras, ajudantes de cozinha e vários outros trabalhadores que atuam nos serviços de manutenção do prédio, lavanderia , rouparia e do grande terreno ocupado, constando de áreas verdes com árvores de variadas espécies, inclusive frutíferas, espaço para horta e muito mais. Isto sem falar no Pavilhão “Joaquim S. Furtado”, hoje sem uso, temporariamente sem ocupantes, onde poderia vir a funcionar – segundo informações – uma ala de quitinetes, para uso particular, o que poderia proporcionar um aumento substancial nas rendas da entidade.

Os funcionários são extremamente dedicados, atenciosos e educados, embora os salários sejam modestos, por força das questões financeiras difíceis, já que a instituição recebe verbas públicas muitas vezes abaixo da realidade, pois são liberadas de forma extremamente burocrática e parcimoniosa, e por isso mesmo a entidade realiza venda de produtos (Palmito do Lar Ambrosina de Mattos), sorteios e eventos com o fim de complementação dos recursos financeiros necessários à sua sobrevivência, fora as doações voluntárias de vários seguimentos da comunidade. Lembrando que uma substancial parte dos recursos financeiros provêm dos próprios assistidos pela entidade, que fazem contribuições de valores de aproximadamente um salário mínimo a valores maiores de suas aposentadorias.

Os equipamentos utilizados não são muito modernos e especializados, gerando com isso algum improviso no atendimento a algumas necessidades. Por exemplo: há necessidade de um guincho especializado para a transferência de idosos do leito para a cadeira de rodas e vice-versa (quem sabe algum órgão governamental possa doar esse equipamento?). As cadeiras de rodas e de banho existentes além de serem poucas em relação aos usuários, já estão bem danificadas pelo uso, sendo que nesse caso, nossas indústrias maiores poderiam se unir, adquirir esse material e repassar para a instituição. Fica a sugestão.

Fotos: Nilson Baptista

 

Mas um destaque especial precisamos citar: a cozinha: onde os alimentos fornecidos aos internos são feitos com todo o carinho e esmero pelas exímias e dedicadas responsáveis pelo preparo e distribuição do cardápio servido no amplo  e asseado refeitório. No entanto, o fogão industrial existente já apresenta problemas.

Todas essas dificuldades, porém, vem sendo superadas pelas sucessivas diretorias que passaram pela administração da casa, compostas de cidadãos e cidadãs são-joanenses dedicados(as) à benemerência e às causas assistenciais. Mas, infelizmente, nossa população parece não se mostrar muito inclinada a participar dos destinos da entidade. Para isso os são-joanenses precisariam se informar sobre os Estatutos Sociais da entidade, sua forma de funcionamento e de ingresso como associado, com direito a voto nas assembleias. Além disso , é de grande importância que as VISITAS sejam em muito maior número, pois temos notado que a presença de visitantes (principalmente familiares) vem diminuindo drasticamente, causando tristeza e sensação de abandono a um número considerável de idosos residentes na casa.

FOTO DE CAPA: NILSON BAPTISTA

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