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Vereador Nei Medina concretiza homenagem póstuma

Por Nilson Magno Baptista

Sábado próximo, 27/06, às 10:00 h , acontecerá a solenidade de descerramento de placas denominativas de ruas no bairro Caminho Real, com previsão da presença do prefeito Ernandes José da Silva, vereadores, secretários municipais e representantes das famílias de : Olair Zenir Leite, Joaquim Monteiro Silva, além de familiares de outros destacados  cidadãos que serão homenageados com denominações de ruas no mesmo bairro, provenientes de projetos apresentados por outros vereadores. Mas aqui vamos nos ater aos homenageados pelo vereador Nei Medina de Oliveira por nos dedicarmos ao acompanhamento específico de suas atividades na Câmara Municipal de São João Nepomuceno.

Olair Zenir Leite faleceu aos 76 anos em 21 de julho de 2010. “Homem competente e de ótimo coração, teve vida profissional brilhante! Como vice-presidente do Banco Nacional S/A ajudou inúmeras pessoas de nossa cidade, encaminhando-as para o quadro de funcionários do banco, gerando centenas de empregos, onde os beneficiados puderam ajudar suas famílias. Nos anos 90 foi convidado por seu amigo e então Governador de Brasília, José Aparecido, para ocupar o honroso cargo de presidente do BRB – Banco Regional de Brasília, onde continuou a ajudar as pessoas”, também atuou no setor empresarial são-joanense, como responsável pela implantação da Prisma Confecções.” Palavras do vereador Nei Medina de Oliveira, autor do projeto de lei nº 9, de 20 de fevereiro de 2018, que se transformou, após votação na Câmara , na Lei nº 3182, de 17 de abril de 2018.

Joaquim Monteiro Silva faleceu em 11 de julho de 2006, aos 95 anos. O projeto de lei nº04/2019, concedendo denominação de logradouro público em homenagem ao Sr. Joaquim Monteiro Silva foi apresentado pelo vereador Nei Medina de Oliveira e, aprovado, se transformou na Lei nº 3248, de 01 de abril de 2019.

Como o vereador Nei Medina vê a concretização de seus projetos em homenagem à memória desses dois cidadãos são-joanenses?

        ” É, também, uma das atribuições dos Edis, reconhecer os cidadãos que prestam ou prestaram relevantes serviços ao nosso município. Foi o que fiz ao apresentar Projeto de Lei  criando “denominação de logradouro público” a Olair Zenir Leite, e a Joaquim Monteiro Silva, o “Pimpa”.

 

Nei Medina explica a escolha dos nomes: “Envolvendo o cidadão Olair Zenir Leite, tive a oportunidade de experimentar diversos sentimentos. Em 1982, com apenas 18 anos, estive visitando a sua fazenda, juntamente com o saudoso amigo Getúlio Carlos da Costa, o Tulinha. Lá, pude experimentar os primeiros sentimentos que foram, compaixão e admiração.

Neste dia, Tulinha se apresentou como filho do Zezinho, amigo de infância do Olair, dizendo que precisava de um trabalho. Imediatamente, Olair disse que conhecia o Zezinho e pegando um cartão, tipo de visitas, escreveu alguma coisa no seu verso e disse: “Em São Paulo, neste endereço, procure este rapaz que ele lhe dará emprego” Depois, olhou pra mim e falou: “E você, meu filho. O que está precisando?”

Com as pernas trêmulas, eu respondi: ‘Nada não senhor! Estou só de companhia com ele.

Em resumo, se eu pedisse emprego, ele me arrumaria. Pois, foi o que ele fez para dezenas de jovens, beneficiando, indiretamente, centenas de pessoas”.

 

” Mais à frente, nos anos 2000, em uma das reuniões da Câmara de Vereadores, pude experimentar outros sentimentos ao presenciar o resultado da votação, que na época era secreta, que daria o Título de Honra do Legislativo ao Olair. Para minha decepção, nesta votação o nome do Olair foi derrotado pelo placar de 8 votos a 4. Imediatamente, após tomar conhecimento do resultado, em sinal de protesto e indignação, me ausentei da reunião. Mas fiquei com uma palavra na cabeça e um sentimento no coração: Justiça.

 

Bom! É justamente isto o que acontecerá no dia 27 de junho de 2020, no bairro Caminho Real, Justiça!

 

Considerando que a palavra “Real” tem o significado de: “existência verdadeira, e não imaginária: a vida real”, pode-se dizer, também, foi o que Olair fez para diversas pessoas: abriu portas possibilitando “caminhos verdadeiros”.

 

No caso do sr. Joaquim Monteiro Silva, o Pimpa, veio ao encontro do que estou pregando durante meu mandato de vereador: “Comunidade, Legislativo e Executivo: parceria que deu certo!” Pois, eu fui procurado pelo amigo João Bosco Mendonça Rigolon, o “Toló”, que me disse o seguinte: “Nei, você já pensou em dar nome de Rua para o “Pimpa”? Ele ajudou a fundar a Cooperativa de Leite, Sindicato Rural…”

Este é o motivo do “slogan” acima: – Comunidade: o cidadão me procurou; – Legislativo: eu acatei a sua solicitação e fui “elo” entre o cidadão e o Executivo.

E com a ajuda de familiares do “Pimpa”, em especial a sua filha dona Cacilda, tomei conhecimento da importante participação do Joaquim Monteiro Silva para o desenvolvimento econômico, financeiro e social do nosso município. A começar pela Cooperativa de Produtores de Leite São João Nepomuceno: “a partir de 05 de janeiro de 1947, o Diretor Secretário Leônidas Maurício Henriques pediu demissão, sendo eleito para substituí-lo Joaquim Monteiro Silva, que permaneceu no cargo até junho de 1970, quando foi eleito Diretor-Presidente.

“O homem do Chevete verde”, Joaquim Monteiro Silva, permaneceu no cargo de Diretor-Presidente até março de 1981. Foram 23 anos como Diretor-Secretário e mais 10 anos e 9 meses como Diretor-Presidente, totalizando 33 anos e 9 meses ininterruptos na diretoria da Cooperativa.

Pertenceu, durante vários anos, ao Conselho Administrativo da Cooperativa Central dos Produtores de Leite – CCPL, com sede no Rio de Janeiro, uma das maiores Cooperativas Centrais de seu tempo no Brasil, sendo a Cooperativa Agropecuária de São João Nepomuceno uma de suas associadas.”

Dona Cacilda finalizou dizendo: “conforme registro no Sindicato Rural de São João Nepomuceno, ‘Joaquim Monteiro Silva foi Presidente do Sindicato Rural de São João Nepomuceno nos períodos de 1959 a 1963 e de 1965 a 1979, concluindo as obras de sua sede própria no centro da cidade.

Na sua gestão, com apoio da classe produtora, adquiriu o campo do Mangueira F.C., no alto da Matriz, transformando-o no Campo de Exposição, que foi grande incentivo para a melhoria do rebanho e de outros produtos agrícolas na região e onde os produtores rurais puderam expor o fruto do seu trabalho e se integrar com a cidade.

Nas ‘campanhas’ entre os ruralistas, como a do Bezerro, o folheto dizia: ‘Ruralistas, estamos levando a efeito a Campanha do Bezerro a fim de fazermos a cobertura dos pavilhões no local destinado à Exposição. O Sindicato Rural conta como sempre com a indispensável ajuda de seus associados. Construímos a sede própria, adquirimos o terreno, agora iniciamos a construção dos galpões. A classe, unida, terá mais esta vitória’.

” Talvez poucos Sindicatos Rurais de Minas, ou talvez do Brasil tenham um patrimônio como o do Sindicato de São João Nepomuceno”, dizia.

Nunca se elogiava; dizia sempre que ‘tudo é feito por todos os interessados e graças aos seus líderes rurais e apoio da classe de todos os tempos’.”

 

“Curiosidade: Segundo sua filha Cacilda, a origem do apelido Pimpa veio quando Joaquim Monteiro Silva ainda era bebê. Seu pai tinha dificuldade de pronunciar a letra “Q”, e o apelido de “Quinca” virou “Pimpa”.

 

IMAGENS DE CAPA: OLAIR ZENIR LEITE (FOTO PERTENCENTE AO ACERVO DO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO) E JOAQUIM MONTEIRO SILVA, O “PIMPA” (FOTO EM SEU FAMOSO CHEVETE VERDE, GENTILMENTE CEDIDA POR SUA FILHA CACILDA)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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